A volta da maior banda do movimento manguebeat, lota dois dias de
shows no Circo Voador, na Lapa (RJ).
Por Gustavo Torres.
Difícil acreditar que depois de 20 anos
do lançamento do álbum "Da Lama Ao Caos", uma banda continue sendo
tão importante sem seu maior mentor e criador, Chico Science. Mas de fato, isso
é possível e comprovadamente registrado em dois dias de shows espetaculares no
Circo Voador, na Lapa, no Rio de Janeiro. O lançamento do novo álbum, o
homônimo "Nação Zumbi" (lançado pela Natura Musical e pelo selo Slap, da Som Livre), comprova que Jorge Du Peixe (vocais,sintetizadores), Lúcio Maia
(guitarra e vocal), Dengue (baixo e vocal), Pupillo (bateria), Toca Ogan
(percussão), Gilmar Bola 8 (percussão) e Gustavo Da Lua (músico contratado
também na percussão), tem gás de sobra pra sacudir novamente um cenário atual
não muito rico do rock nacional.
A banda já entrando no palco com o time ganho, tocou
a nova "Foi de Amor", com pegada eletrizante e de letra que fala do poder do amor. Daí pra frente seguiu
uma série de grandes sucessos e algumas outras novas, já na boca dos fãs, como
"Bala Perdida", com a guitarra rasgada de Lúcio Maia fazendo a base
para a letra de Jorge Du Peixe, que narra uma conversa de uma "quase
vítima" de uma bala perdida, que consegue se livrar da morte, se
indagando, pois ela quase o levou, mas na verdade ela estaria pra "se esconder em um outro alguém".
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| Estreia de inéditas agradou ao público fiel da banda, a Nação Zumbi aponta para o futuro. |
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| Jorge Du Peixe e Lúcio Maia. Ao fundo, a percussão de Toca Ogan. |
A Nação Zumbi completa 20 anos de estrada esse ano, e o setlist
nos dois dias, tiveram mais músicas da segunda fase da banda, já sem o genial, Chico Science. Nem por isso, a banda deixou de fora clássicos do
primeiro álbum, músicas como "Da Lama Ao
Caos" (faixa-título do primeiro álbum da banda) e "Rios, Pontes e
Overdrives" (essa com coro de mangueee em uníssono).
Das canções do segundo álbum, "Afrociberdelia"(1996), tocaram "Etnia", "Manguetown" e "Cidadão do Mundo", que emocionou boa parte do público, com direitos a pulos sincronizados dos fãs. Da segunda fase da banda, se destacaram as pedradas e ótimas "Meu Maracatu Pesa Uma Tonelada" levando o Circo Voador abaixo, "Quando A Maré Encher" (já tradicional nos shows da banda), além de "Hoje, Amanhã e Depois" do "Futura" (2005) e "Blunt Of Judah" do "NZ" (2002). Essas últimas, certeiras para um show de reencontro com seu público. Do álbum "Fome de Tudo", de 2007, tivemos o hit "Bossa Nostra", e a muito bem executada, "No Olimpo", que podemos conferir um pouco no vídeo abaixo:
Das canções do segundo álbum, "Afrociberdelia"(1996), tocaram "Etnia", "Manguetown" e "Cidadão do Mundo", que emocionou boa parte do público, com direitos a pulos sincronizados dos fãs. Da segunda fase da banda, se destacaram as pedradas e ótimas "Meu Maracatu Pesa Uma Tonelada" levando o Circo Voador abaixo, "Quando A Maré Encher" (já tradicional nos shows da banda), além de "Hoje, Amanhã e Depois" do "Futura" (2005) e "Blunt Of Judah" do "NZ" (2002). Essas últimas, certeiras para um show de reencontro com seu público. Do álbum "Fome de Tudo", de 2007, tivemos o hit "Bossa Nostra", e a muito bem executada, "No Olimpo", que podemos conferir um pouco no vídeo abaixo:
No meio do show, teve espaço para a dançante e irresistível
"Defeito Perfeito", apresentada primeiramente no show da NZ no
Lollapalooza deste ano, em São Paulo."Cicatriz", primeiro single do
novo álbum e também tocada no show, diz sobre "as cicatrizes"
que Chico Science deixou aos remanescentes do grupo quando se foi desse mundo infelizmente em um acidente de carro, em Olinda, no ano de 1997. Muitos fãs pareciam entender a mensagem da letra no show, dando uma sensação de amplitude na palavra "cicatriz". Mostra-se mais uma vez a força que Jorge Du Peixe tem nas novas
composições, fazendo uma poesia que se encaixa perfeitamente com a sonoridade da banda.
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| A nave pernambucana aterrisa no Circo Voador (10/05/14). |
Na entrada do Circo Voador, muito se falava entre os fãs que a cantora Marisa Monte (que faz uma participação no álbum
novo, na faixa "A Melhor Hora da Praia") talvez aparece-se de surpresa no
palco, mas não foi dessa vez. De celebridades no sábado, tinham as ótimas
aparições misturadas ao público de Bi Ribeiro (Os Paralamas do Sucesso), BNegão e Formigão (ambos do Planet Hemp)
e Kassin, um dos produtores do novo álbum da Nação Zumbi.
O show que durou cerca de uma hora e meia, deixou um gosto de quero mais aos mangueboys e manguegirls que deixaram a Lapa felizes e ansiosos para mais vindas da banda ao Rio depois de um jejum de sete anos sem um disco de inéditas.
"Xila relê domilindró", já dizia Chico!
COTAÇÃO DO BLOG: *****(Ótimo)



Descreveu perfeitamente uma noite perfeita!!! Parabéns brother Gus Torres!!!
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